Uma noite de inverno

A noite pesa
E o silêncio escorre
Por entre os meus dedos,
A minha alma reza
E a minha coragem, quase morre
Neste preciso momento
Aponto apenas com um dedo
E tenho medo
Do vento violento
A noite está pesada
E a minha alma implora
A noite se tornou serrada
E o vento assobia lá fora.
Eu apenas fico pensando
E olhando o céu, peço perdão
Parado fico rezando
Uma simples oração.
Mas, também fico triste na solidão
Pensando na morte
Recordando a minha sorte
E faço da vida, a imaginação.
A trovoada cresceu
A noite cada bez mais pesada
O silêncio, esse desceu
A luz ficou apagada.
O silêncio num momento voltou
Mas, essa noite não vou esquecer tão cedo.

José António Carreira dos Santos